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Aqui você poderá conhecer um pouco mais dos momentos mais marcantes da minha trajetória. 

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz" (Gonzaguinha)

Minha história

      Nascido em Campestre, interior do estado de Minas Gerais, quando criança, era tímido e muito quieto. Com 12 anos, tive um sonho sobre meu futuro e, ao acordar, pensei: "mas como poderei realizar meu sonho se sou tão tímido? Preciso mudar". Naquele dia, tracei um projeto de vida que, embora primitivo (à época), hoje me mostra que tudo podemos quando sonhamos. Um hobby que tinha nessa mesma época era criar galinhas e já me preocupava com a gestão do meu "negócio". Em um caderno, eu anotava todas as receitas com a venda de ovos e frangos e os custos com ração e medicamentos. No final do mês, minha alegria era ter conseguido pagar todos custos da atividade.

      Minha primeira formação acadêmica foi na Escola Agrotécnica Federal de Machado, hoje, Instituto Federal Sul de Minas, Campus Machado. Quando fui aprovado no processo seletivo, não queria fazer os cursos técnicos em Agricultura e Zootecnia, pois faziam cinco meses que eu havia sido contratado para trabalhar em uma gráfica. Com o apoio do meu pai, pedi demissão e iniciei meus estudos. Com o curso técnico (e com ajuda da minha irmã), percebi que ter uma faculdade era importante. Ao terminar minha graduação em Administração, percebi que uma pós-graduação também era importante. Antes mesmo de me graduar, fui convidado para lecionar no Colégio Comercial Professora Ilma Ambrogi Prado. Trabalhando lá, fui me interessando pela docência e pela área de educação e concluí que um mestrado seria fundamental para que eu pudesse continuar minha trajetória profissional. Ao término do mestrado, veio o doutorado, com suados 18 meses até que eu fosse admitido no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Nesse período, usei todas as minhas reservas financeiras para não precisar trabalhar muito, a fim de ter mais tempo para melhorar meu currículo acadêmico, escrevendo artigos científicos.

      No doutorado, além da minha namorada, três pessoas foram de especial importância para mim, duas das quais, ao ser admitido no curso, tive o privilégio de tê-las como meus orientadores. Enquanto cursava disciplinas como aluno especial no PPGA, conheci meu conterrâneo, Prof. Dr. Gideon Carvalho de Benedicto, alguém que muito me ajudou, dando ideias e me orientando sobre o que poderia ser feito nos artigos científicos que eu estava escrevendo. Ele sempre foi muito dedicado comigo, mesmo nos momentos em que estivesse mais atarefado. Sua disposição e humanidade permanecem mesmo depois do término do meu doutoramento. Nesse período, escrevendo artigos sobre pecuária leiteira, não pude deixar de notar que havia um professor do Departamento de Medicina Veterinária da UFLA, autor da maioria dos artigos que eu encontrava sobre o tema: Marcos Aurélio Lopes. Tentei contatá-lo na UFLA, mas descobri que ele estava fazendo um curso na Itália. Enviei um e-mail para ele, sem esperanças de ser respondido, pois, afinal, ele nem me conhecia. Entretanto, a resposta chegou no dia seguinte, em um domingo à tarde, acompanhada de um número de WhatsApp e um agendamento para nossa primeira conversa ao telefone. Também não poderia deixar de mencionar o Prof. Dr. André Luis Ribeiro Lima, que me ensinou o que é ser professor dentro e fora da sala de aula. Não tenho dúvidas que se trata de uma das pessoas mais raras que tive a oportunidade de conhecer, rompendo as barreiras da relação professor-aluno, se tornando um amigo. Desde então, os professores Gideon, Marcos e André têm me ensinado valores que ultrapassam as fronteiras da universidade. Foi com ajuda deles, que consegui concluir um doutorado de 4 anos em 2 anos e 8 meses.

      Além da minha vida acadêmica, trabalhei também com hidroponia, cafeicultura e bovinocultura leiteira. Tais profissões me permitiram um contato direto com produtores rurais de diversas localidades, me mostrando como o meio rural é um ambiente enriquecedor. Um dos maiores aprendizados que tive com a agropecuária, foi com um produtor com baixa escolarização que, com dificuldade, fazia o registro das informações da sua propriedade. Em uma caixa de sapatos, ele guardava todas as notas fiscais dos produtos que comprava e, quando isso não era possível, fazia suas anotações em sacos de papel (usados para guardar pães), esperando o dia da minha assistência técnica para apurarmos os custos de produção da atividade leiteira. Com ele, aprendi que não devemos desistir diante das nossas limitações.

Não menos importante que minha experiência no agronegócio, foi minha atuação no processo operacional de uma gráfica e na gestão de uma confecção própria. A oportunidade que tive de aplicar meus conhecimentos técnicos no cotidiano da empresa me mostrou quão desafiador pode ser o processo gerencial e como isso pode contribuir com o sucesso do negócio e com o desenvolvimento profissional e pessoal meu e de todos aqueles que estejam envolvidos. Não obstante, essas experiências foram fundamentais para que eu pudesse desenvolver meus conhecimentos, auxiliando, inclusive, outras micro e pequenas empresas por meio de consultorias de gestão.

      Durante todo esse tempo, com ajuda da minha mãe, tive o privilégio também de ter inúmeras experiências de fé que me ajudaram a tecer a pessoa que sou hoje. Foi por meio do meu relacionamento com Deus, que surgiram meus princípios de vida, que luto para ser fiel: (i) que o sol não se ponha sobre o vosso (meu) ressentimento (adaptado da Bíblia; Efésios: 4, 25-32); (ii) na partida, mais vale a saudade do que o alívio (minha autoria); e (iii) feito é melhor que perfeito (autoria desconhecida). Sou eternamente grato a Deus por tudo em minha vida e só posso dizer: Eis-me aqui Senhor!

 

"Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!” (Mário Sérgio Cortella)

© 2022 por Leandro Carvalho Bassotto

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